Acupuntura pode auxiliar a fertilidade?
Você conhece a relação da acupuntura com a fertilidade? “Tentar engravidar e não conseguir no momento desejado pode se tornar um pesadelo para algumas pessoas. Pensamentos, emoções e comportamentos negativos podem levar ao aumento da ansiedade e depressão, o que dificulta ainda mais o caminho para a maternidade”, explica o médico especialista em reprodução humana Matheus Roque (@drmatheusroque).
Esse é um dos casos nos quais a acupuntura é indicada: para ajudar no equilíbrio emocional das futuras mamães. “O suporte emocional é tão importante quanto o fisiológico e um dos objetivos da Medicina Chinesa é tornar as mulheres mais confiantes e preparadas para enfrentar o tratamento. Quando a mente pode engravidar, o corpo segue o mesmo caminho.”
O especialista pontua ainda que a terapia milenar é um tratamento muito procurado pelos casais que realizam fertilização in vitro no mundo todo. “Estudos científicos desde 2002 apontam que vários mecanismos da acupuntura influenciam o ciclo menstrual e a circulação sanguínea uterina, podendo levar ao aumento das taxas de gravidez. Além disso, a acupuntura é uma técnica bem tolerada e deve ser considerada como parte de uma abordagem efetiva no tratamento da infertilidade”, diz. Confira alguns benefícios da terapia:
- Aumento do fluxo de sangue para a região do útero e ovários, podendo melhorar a qualidade dos óvulos e a espessura e morfologia do endométrio;
- Diminuição dos efeitos colaterais das medicações utilizadas durante os tratamentos de infertilidade, tais como irritabilidade, ganho de peso, inchaço, dor de cabeça;
- Redução do estresse e ansiedade através da liberação de substâncias no cérebro (serotonina, endorfinas);
- Modulação hormonal, ajudando a regular os ciclos menstruais.
Segundo Matheus, a fertilidade da mulher está relacionada com o seu relógio biológico. Com o passar dos anos (geralmente 35), a qualidade e quantidade dos óvulos vão caindo de maneira gradual. Assim, com o passar dos anos, as chances de gravidez diminuem significativamente e os riscos de aborto e síndromes cromossômicas aumentam. “Além do relógio biológico, alguns fatores, como o estilo de vida, potencializam o risco de infertilidade — obesidade, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas, entre outros. Então, trabalhar o estilo de vida com dieta saudável, atividade física regular, diminuir estresse e aumentar atividades relacionadas ao bem-estar são fatores que ajudam muito em termos de saúde reprodutiva.”