Nesta semana, a Vanessa Lopes, influenciadora e ex-BBB, apareceu nas redes sociais para desabafar sobre o tratamento com o Roacutan. Nos Stories do Instagram, ela mostrou como está sua pele após 27 dias tomando o medicamento.
“Esse é o estado real da minha pele. Apesar de saber que vai passar, minha autoestima está lá embaixo”, comentou.
Confira:
O que é o Roacutan?
Roacutan é o nome comercial da isotretinoína, medicamento derivado da vitamina A. “Ele é um retinoide oral considerado o mais eficaz na redução da produção de sebo pelas glândulas sebáceas. Também atua na diminuição da inflamação e da proliferação bacteriana na pele, combatendo a colonização do Cutibacterium acnes“, explica o Dr. Lucas Miranda, dermatologista e fundador da Clínica Lucas Miranda, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
De acordo o médico, a isotretinoína é indicada para casos graves de acne, principalmente aqueles que não respondem aos tratamentos tópicos e aos antibióticos orais.
“Ainda pode ser prescrita para formas moderadas de acne que causam cicatrizes ou comprometem a qualidade de vida do paciente”, completa.
Quais os efeitos colaterais?
Os principais efeitos colaterais do Roacutan são:
- Ressecamento de pele e lábios;
- Ressecamento das mucosas;
- Alterações nos exames hepáticos;
- Aumento do colesterol;
- Dores musculares;
- Irritação nos olhos;
- Mudança no humor.
“Além disso, o medicamento é teratogênico, ou seja, pode causar malformações fetais, sendo imprescindível o uso de contraceptivos eficazes para mulheres em idade fértil durante o tratamento”, alerta o dermatologista.
Por que pode acontecer a “fase da piora” durante o tratamento?
O Dr. Lucas Miranda afirma que é comum os pacientes apresentarem uma piora das espinhas durante os primeiros meses de tratamento.
“Isso pode acontecer devido ao aumento temporário da renovação celular e da atividade das glândulas sebáceas, expelindo o excesso de oleosidade e provocando uma exacerbação da acne”, fala.
Segundo ele, a fase da piora geralmente ocorre entre as primeiras 4 e 8 semanas de tratamento e costuma melhorar de forma espontânea com o tempo.
“No entanto, é importante lembrar que esse fenômeno não acontece em todo mundo“, destaca ele.
“O acompanhamento clínico regular é fundamental para ajustar as doses e minimizar os desconfortos”, finaliza.