Além de trazer benefícios estéticos, o skincare é fundamental para manter a pele saudável. Se você costuma ter essa rotina de cuidados, provavelmente sabe que ela envolve uma série de etapas e a utilização de vários produtos. Sendo assim, muitas vezes, acabamos exagerando e fazendo uma mistura de ativos.
Nas redes sociais, uma nova tendência chamada skin cycling, criada pela dermatologista norte-americana Whitney Bowe, reforça que é possível cuidar da pele sem o excesso dos cosméticos.
O que é o skin cycling?
Em tradução para português, “skin cycling” corresponde à “rodízio da pele”. A tendência ganhou esse nome pois se baseia em uma rotina de tratamentos que tenha um ciclo de quatro ou cinco dias, alternando entre o uso de ativos e períodos de “folga”.
“É uma rotina de cuidados com a pele que adota intervalos definidos para cada finalidade, fazendo com que haja mais equilíbrio e também melhor aproveitamento dos ativos usados no skincare“, explica Thiago Martins, biomédico, fisioterapeuta dermatofuncional, mestre em medicina estética e criador do método Harmonização Corporal com registro de marca.
Quais são os benefícios da técnica?
As vantagens do skin cycling têm relação com a ideia de não exagerar no uso dos produtos, ou seja, manter um equilíbrio entre a aplicação de ativos e de produtos com outras finalidades, por exemplo, a hidratação.
“Dessa forma, a pele mantém a barreira de proteção intacta e não gera uma sobrecarga de produtos. Muita gente acaba comprando e fazendo uso de vários dermocosméticos ao mesmo tempo todos os dias. Isso faz com que esses ativos não sejam aproveitados com tanta efetividade. A partir dessa alternância, sugere-se que há um aproveitamento muito mais positivo”, fala o biomédico.
Como fazer o skin cycling?
De acordo com Thiago Martins, antes de começar a colocar em prática esse método de cuidados com a pele, é imprescindível consultar um profissional para identificar o seu tipo de pele e também quais são as necessidades dela.
“Uma mulher de 50 anos tem uma pele com especificidades muito diferentes de uma de 25”, exemplifica o especialista.
Na maior parte das vezes, os ciclos são de 4 noites, sendo que duas noites são destinadas para o uso de ativos e as outras duas para o descanso da pele.
“Como nas duas primeiras noites são utilizados tratamentos com ativos que provoquem a renovação celular, é muito importante que, em seguida, a pele passe por um período de “descanso”, recebendo hidratação e nutrição de forma intensa”, pontua o biomédico e fisioterapeuta dermatofuncional.
Primeira noite: Segundo Thiago, na primeira etapa do ciclo, é feita a esfoliação da pele com o uso de um produto específico, que será responsável por promover uma limpeza profunda e a renovação celular da pele, eliminando impurezas e células mortas.
” A esfoliação é uma forma de preparar a pele para receber os ativos propostos nos dias seguintes”, diz.
Segunda noite: “A segunda noite é aquela em que é usado o retinol, um ativo derivado da Vitamina A que estimula a produção de colágeno, fazendo com que a pele tenha as linhas mais suavizadas e os poros mais fechados”, esclarece. A textura do ativo pode ser creme ou sérum.
Terceira e quarta noite: Agora, é o momento de deixar a pele descansar, utilizando produtos que ajudem na hidratação.
“O ideal é fazer a limpeza, usar produtos reparadores, como o sérum com ácido hialurônico, com glicerina ou niacinamida e, em seguida, utilizar o hidratante com ativos indicados por um profissional de acordo com o seu tipo de pele”, ressalta.
“É importante ressaltar que em todos os dias do ciclo deve ser feita a higienização correta da pele”, alerta Thiago Martins.
Quais produtos não podem faltar para fazer o skin cycling?
“Sabonete para a limpeza da pele, tônico para equilibrar o pH, esfoliante químico, retinol, sérum e hidratante com ativos indicados para o tipo de pele e idade da paciente”, lista o fisioterapeuta dermatofuncional.