Nesta quarta (24), o jornal britânico DailyMail publicou uma matéria sobre uma mulher britânica que foi até a Turquia para fazer cirurgia de rinoplastia e facelifting mas acabou enfrentando graves problemas após a cirurgia, deixando-a com um buraco na orelha porque os médicos não conseguiram suturar a região.
Segundo a reportagem, Sharon Maxwell decidiu viajar para a Turquia para realizar a cirurgia devido a seu custo ser menor em relação aos valores cobrados no Reino Unido.
“Eu tomei minha anestesia no corredor. Quando me deram o remédio, eu não sabia que eles estavam me dando um anestésico, não me avisaram. Quando acordei, vi que deixaram um ‘buraco’ sob a orelha, onde os médicos não conseguiram suturar adequadamente. Além disso, eu desconfio que não tenham feito a rino, pois eu conseguia respirar perfeitamente bem, logo após a cirurgia. Eles não tiravam o gesso nem me mostravam meu nariz. Quando vi, parecia o mesmo que era antes, não havia mudança”, disse.
Depois de tudo isso, Sharon Maxwell faz campanhas on-line para divulgar os perigos de ir para o exterior para fazer uma cirurgia plástica.
TURISMO MÉDICO
Para o professor de cirurgia plástica Ricardo Cavalcanti, que também é membro da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) e membro titular da Sociedade Brasileira de cirurgia plástica, “o Brasil é um importante centro de turismo médico especialmente em cirurgia plástica, trazendo receitas significativas para o país. No entanto, é importante verificar a qualidade do serviço em outros países. Em algumas ocasiões, a pessoa nem é médica, muito menos cirurgião plástico”.
A Itália é o país número 1 em cirurgia plástica mas, como aponta Ricardo, o Brasil é também uma referência, uma vez que a qualificação para ter o registro de cirurgia plástica é bastante rigorosa. “Não podemos achar que o problema está em viajar para outro país para fazer uma cirurgia, mas no médico.”
Para escolher o cirurgião certo, ele aponta que é necessário avaliar algumas questões como: referências, experiência clínica e perguntar o máximo possível para sanar as dúvidas com o próprio médico.