Criado na década de 70 para tratar a hipertensão arterial (a famosa pressão alta), o Minoxidil logo caiu no gosto popular por ter outro efeito: fazer o cabelo crescer mesmo em pacientes com alopecia androgenética. Isto é, calvície.
O composto atua diretamente no ciclo de vida dos fios, prolongando seu tempo de crescimento e engrossando o cabelo. O resultado não é imediato, mas duradouro — aparece em torno de seis semanas e, no caso de uso regular e contínuo, fica ainda mais evidente depois de três meses.
Justamente por serem os mais afetados pela condição, são os homens os maiores utilizadores da substância – que existe na forma tópica, em um spray aplicado diretamente no couro cabeludo, e na forma oral, em comprimidos. Mas e as mulheres: elas também podem sentir os benefícios do Minoxidil?
Mulher pode usar Minoxidil?
Segundo um documento da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), sim. “Minoxidil de uso tópico, que é empregado para tratamento da alopecia de padrão feminino desde a década de 1990, é o único medicamento que apresenta alto nível de evidência e continua sendo o de primeira escolha”. No entanto, o próprio artigo ressalta que essa substância não funciona em 40% das pacientes.
Com relação ao Minoxidil em comprimidos, a coisa é um pouco mais controversa. A Sociedade Brasileira de Tricologia (SBTri) contraindica todo tipo de uso do composto oral para a calvície. A SBD até recomenda, desde que “seu uso criterioso, isolado ou associado a outras abordagens, ocorra por indicação médica.”
Ou seja, se você está sofrendo com queda de cabelo ou calvície, converse com o seu médico. Ele poderá explicar os prós e os contras do medicamento e indicar o melhor tratamento pensando no seu caso. Isso porque o uso indiscriminado pode trazer riscos, como hipertricose (crescimento exagerado de pelos) e até mudanças no ritmo cardíaco.