Conversamos com alguns dos dermatologistas mais antenados do país e a conclusão foi unânime: associar as técnicas de acordo com a cor e o aspecto das estrias é o que garante a eliminação de até 80% delas. Interessada? Encontre aqui as melhores opções para o seu caso e livre-se das estrias de uma vez por todas.
Como combater as estrias?
Para vencer qualquer batalha, primeiro é preciso conhecer o inimigo. E, em se tratando de estrias, saiba que existem três tipos: as vermelhas ou arroxeadas; as brancas, superficiais e estreitas; e ainda as brancas, profundas e largas. De forma geral, elas aparecem quando é exigido da pele um estiramento muito rápido. “Isso acontece durante a fase de crescimento, na gravidez, quando a mulher engorda muito ou aumenta os seios com uma prótese de silicone grande demais”, explica a dermatologista Marilis Lamelas, da Clínica Sani Corpus, em São Paulo.
As vermelhas ou arroxeadas são as mais fáceis de tratar, pois são recentes – a cor indica que o tecido não foi totalmente prejudicado e há sangue circulando no local. Com o passar do tempo, as linhas vão perdendo gradualmente a tonalidade até se tornarem esbranquiçadas. “Nessa fase, o tratamento, para dar bons resultados, precisa ser mais intenso e provocar uma agressão na pele para que ela reaja produzindo mais colágeno e elastina, que farão a cicatrização interna das estrias”, diz a médica. Por outro lado, quando essas estrias também são largas e profundas, há necessidade de métodos mais invasivos para estimular o preenchimento dessas linhas de dentro para fora.
Agora que você já sabe mais sobre a bandida, conheça as melhores armas para contra-atacar. Aqui, uma seleção das técnicas mais promissoras e daquelas que já provaram ser eficazes. “Vale lembrar que elas não são indicadas para gestantes, lactantes e para quem tem diabetes, hipertensão e problemas cutâneos”, avisa a dermatologista Valéria Campos, de Jundiaí (SP). É hora de atacar!
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Tratamento para estrias brancas, largas e profundas
Laser fracionado + subcisão
Como é
O tratamento começa com duas ou três sessões de laser fracionado, que promove microperfurações na pele, destruindo e aquecendo as fibras de sustentação. A função é melhorar a textura e alisar a pele. Quando os hematomas tiverem desaparecido – em cerca de 15 dias -, é feita a subcisão, um método cirúrgico ambulatorial que utiliza uma agulha com ponta cortante para descolar a derme profunda, traumatizando-a. “Isso estimula a formação de colágeno e recupera parcialmente a estria. Como o corte é pequeno, não há necessidade de pontos”, esclarece a dermatologista Cláudia Magalhães, de Recife.
O que esperar
Redução da largura e da profundidade das estrias. O resultado só aparece entre 30 e 60 dias, tempo que o colágeno demora para se regenerar.
Dói?
É comum o laser provocar inchaço nas primeiras 24 horas e hematomas por duas semanas. Após a subcisão, o local fica dolorido e com hematomas por até uma semana. Não dá para malhar por três dias e o sol fica proibido por um ou dois meses.
Número de sessões
Entre três e cinco de laser, a cada 15 dias, e uma ou duas de subcisão, com intervalo de 60 dias.
Tratamento para estrias brancas, superficiais e estreitas
Radiofrequência
Como é
Durante meia hora, as ondas disparadas pela ponteira desse equipamento atingem e aquecem a camada mais profunda da pele. “Consequentemente, há contração e aumento das fibras de colágeno, a reorganização dos tecidos de sustentação e a aproximação das bordas das estrias”, afirma Patrícia Rittes, dermatologista de São Paulo.
O que esperar
Após quatro sessões, o aspecto das estrias é reduzido em até 60%.
Dói?
A área costuma ficar quente durante alguns minutos, mas o tratamento é praticamente indolor. Durante uma semana, é contraindicado tomar sol.
Número de sessões
Entre oito e 16, com intervalo de três semanas.
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Laser fracionado
Como é
Feixes de luz são direcionados para a estria e penetram a pouco mais de 1 milímetro de profundidade na pele. “Nesse ponto, a energia estimula a produção de colágeno e elastina preservando boa parte das células, o que acelera o processo de cicatrização”, diz o dermatologista Paulo Barbosa, de Salvador.
O que esperar
Uma única sessão promove uma melhora de cerca de 30% das linhas e o tratamento completo chega a 80%.
Dói?
O calor gerado pelo laser causa desconforto, mesmo sendo amenizado pela ponta de safira do aparelho, que resfria a pele. A área fica dolorida por alguns dias.
Número de sessões
De quatro a cinco, com intervalo de um mês.
Peeling de cobre + Intradermoterapia
Como é
Primeiro é feito o peeling, que provoca uma microesfoliação e estimula a produção de colágeno e elastina. “O cobre reage com uma enzima da pele responsável pela produção de melanina, fazendo a estria voltar a ter a mesma tonalidade do restante do corpo”, explica a dermatologista Cristine Almeida de Carvalho, de São Paulo. Em seguida, é injetado na camada superficial um mix de substâncias capazes de reconstituir e devolver a elasticidade, firmeza e hidratação cutânea.
O que esperar
O resultado aparece, em média, após cinco sessões e a melhora das estrias varia entre 70% e 80%.
Dói?
As picadas são um pouco doloridas e deixam a pele sensível, daí a recomendação de não usar roupas justas, fazer ginástica e usar cremes ou óleos corporais no dia da aplicação. Tomar sol, só depois de um mês. Quanto ao peeling, ele deixa a região avermelhada e descamando por três dias.
Número de sessões
Quinze, com intervalo de uma semana.
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Carboxiterapia
Como é
“Um equipamento injeta gás carbônico no tecido subcutâneo para dilatar os vasos sanguíneos e estimular a formação de colágeno, preenchendo as estrias de dentro para fora”, diz a dermatologista Valéria Campos, de Jundiaí (SP).
O que esperar
O resultado aparece a partir do segundo mês de tratamento e a melhora das estrias pode chegar a 50%.
Dói?
A sessão de 15 minutos de picadas é dolorida, porém suportável, e quando um vasinho é atingido a região pode ficar roxa por três a cinco dias, período em que você precisa ficar distante do sol.
Número de sessões
Doze, uma por semana.
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Tratamentos para estrias vermelhas e arroxeadas
Infravermelho + Ácido retinoico
Como é
Um aparelho com ponteira de cristal dispara raios infravermelhos que aquecem as camadas mais profundas da pele, provocando a sua retração e produzindo mais fibroblastos, que são as células formadoras do colágeno e da elastina. “Meia hora depois é aplicado o ácido retinoico, que também estimula o aumento das fibras de sustentação da pele”, explica o dermatologista João Carlos Pereira, de São José do Rio Preto (SP).
O que esperar
Três meses após o tratamento, o aspecto das linhas melhora entre 40% e 80%, dependendo da largura.
Dói?
O desconforto do infravermelho é suportável. A coloração das estrias fica mais intensa nos primeiros dias e vai clareando aos poucos.
Número de sessões
No mínimo três, uma por mês.
Luz intensa pulsada + Ácido retinoico
Como é
“O tratamento começa com a aplicação da luz intensa pulsada, que promove a regeneração das estruturas da pele, além de tratar os vasos dilatados que dão a aparência avermelhada”, fala a dermatologista Flávia Martelli, de São Paulo. Em seguida, é aplicado o peeling de ácido retinoico, que otimiza a ação da luz.
O que esperar
O tom da pele fica entre 30% e 80% mais uniforme e as estrias tornam-se mais finas.
Dói?
A pele fica sensível e pode descamar de cinco a dez dias. Durante uma semana deve-se evitar atividades físicas intensas e banhos quentes. A exposição solar está liberada depois de um mês.
Número de sessões
Entre três e seis, com intervalo de um mês.
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Peeling de cristal + Ácido retinoico
Como é
Os dois tratamentos são feitos na mesma sessão. “Primeiro, vem o peeling de cristal, que libera jatos de pó de óxido de alumínio para esfoliar e facilitar a penetração do ácido retinoico, que descama a pele e estimula a produção de colágeno”, fala a dermatologista Jozian Quental, de São Paulo.
O que esperar
No final do tratamento, há uma melhora de até 40% na textura das estrias, que também ficam mais claras.
Dói?
Não, causam apenas vermelhidão por duas horas e descamação suave durante uma semana.
Número de sessões
De 15 a 20, com intervalo de dez dias.
Vitamina C + Luz intensa pulsada
Como é
A vitamina C a 22% é injetada com uma agulha fininha na camada superficial da pele. “O ativo age nos vasos que dão a coloração avermelhada às estrias e estimula a aproximação das bordas, deixando-as menos visíveis”, diz Patrícia Rittes. Em seguida, durante meia hora, entra em ação o equipamento de luz intensa pulsada. Ele tem uma ponteira que dispara uma energia que promove a contração da derme auxiliando o afinamento das linhas.
O que esperar
O resultado aparece a partir da quarta sessão e até o fim do tratamento as estrias ficam cerca de 60% mais claras e finas.
Dói?
As picadas incomodam e podem deixar hematomas por três a cinco dias. Nesse período, é recomendado ficar longe da ginástica, evitar roupas justas e não tomar sol.
Número de sessões
Dez de vitamina C, uma a cada 15 dias, e quatro de luz pulsada, com intervalo de três semanas.