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Como o estresse interfere com a saúde da sua pele

Acredite se quiser, o estresse piora rugas e linhas finas, acelera o envelhecimento da pele e pode causar acnes, inflamações e vermelhidões

Por Marcela De Mingo
Atualizado em 21 out 2024, 16h32 - Publicado em 18 nov 2022, 08h00
estresse e saúde da pele
 (RF._.studio / Pexels/Divulgação)
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Todo mundo já sabe que o estresse tem uma série de efeitos no corpo, além dos sintomas mentais, como falta de foco e alterações no humor. Porém, você sabia que o estresse também interfere – e muito – na saúde da sua pele? 

A acne de estresse é um exemplo disso. No geral, as respostas da pele ao estresse são complexas e envolvem uma ampla rede de células imunológicas, hormônios e neurotransmissores que interagem entre si. 

“A pele e o sistema nervoso são derivados da mesma camada germinativa primária durante o desenvolvimento embrionário, e as células da pele expressam proteínas que também são comuns às vias de sinalização neuronal”, explica a dermatologista Dra. Lilian Odo. “Portanto, não é surpreendente que as atividades do sistema nervoso central também possam modular a função celular na pele.”

Na prática, todo fator estressante é percebido pelo sistema nervoso e traduzido em respostas via estimulação do nosso hipotálamo e ativação da nossa hipófise, que, por sua vez, ativa o sistema nervoso autônomo, resultando na liberação de neuropeptídeos e hormônios que atuam nos sistemas efetores periféricos do corpo, como a pele. Ufa! Parece difícil, mas assim ficou fácil de entender, né? 

COMO O ESTRESSE AFETA A PELE? 

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“O efeito do estresse psicológico no sistema nervoso autônomo, sistema renina-angiotensina (RAS) e sistema hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) está bem estabelecido”, continua a médica. “Esses sistemas, quando ativados por longo período, causam imunossupressão, inflamação, estresse oxidativo e danos ao DNA, que são mecanismos conhecidos de envelhecimento e desenvolvimento de doenças em todos os tecidos, inclusive a pele.”

Ou seja, o aceleramento do envelhecimento é uma das decorrências do estresse na nossa pele. Não só isso, mas ele pode provocar o surgimento ou a piora de algumas condições inflamatórias, como: 

  • Psoríase
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  • Acne
  • Dermatite atópica
  • Urticária crônica
  • Alopecia
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“Os sinais e sintomas irão depender da predisposição individual para cada patologia e variam desde dor, ardor, coceira, avermelhamento, ressecamento, afinamento e manchas escuras na pele, além de feridas que não cicatrizam, surgimento de espinhas ou tumorações e queda capilar”, explica.

COMO TRATAR OS EFEITOS NA PELE CAUSADOS PELO ESTRESSE? 

Assim como os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, o mesmo vale para os tratamentos. Eles devem ser individuais e dependem, principalmente, da correta avaliação de um médico. 

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“Os tratamentos dependem das lesões e alterações apresentadas; cada patologia tem uma abordagem específica, mas variam desde medicamentos anti-inflamatórios, anti-histamínicos, antibióticos, imunomoduladores, retinóides e até psicotrópicos, como ansiolíticos e antidepressivos”, enumera. 

Terapias complementares nutricionais ou uso de tecnologias ou procedimentos cirúrgicos também podem ser necessários nesses casos.

Independente da possibilidade de tratamento, a melhor solução contra condições como essas ainda é a prevenção. Isso porque o estresse psicológico pode modular as defesas do organismo, dependendo de fatores como a duração da condição estressante, bem como a reação ou percepção do indivíduo sobre a situação. 

“Há uma distinção importante entre estresse agudo e crônico em termos de como o corpo mantém seu equilíbrio. O estresse agudo mobiliza células imunes, promove sua migração para tecidos danificados e aumenta a imunidade adaptativa celular e humoral, enquanto o estresse crônico é considerado prejudicial, pois há uma diminuição da capacidade do corpo de combater doenças, manter a homeostase e prevenir o envelhecimento”, continua a dermatologista. 

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Já sabemos também que o estresse é inevitável na vida, mas o mais importante é combater o estresse insidioso e prolongado. Manter hábitos de vida saudáveis como uma alimentação balanceada, prática de exercício físico regular, sono restaurador, psicoterapias, cursos e atividades que promovam o bem-estar mental e espiritual são essenciais. 

“Busque ajuda sempre que se sentir sem saída, pois a solução do seu problema pode estar em outra pessoa, e não se esqueça de manter o check-up clínico e laboratorial em dia!”, recomenda. 

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