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Double cleansing: tudo sobre a tendência do momento

Limpar o rosto duas vezes? Pois é, o double cleansing chegou para ficar

Por Marcela De Mingo
Atualizado em 21 out 2024, 16h36 - Publicado em 21 jul 2022, 08h00
double cleansing
 (Miriam Alonso / Pexels/Divulgação)
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Se você acompanha o mundo do skincare, com certeza ouviu falar do double cleansing. A técnica, muito conhecida das rotinas de cuidados com a pele coreanas, faz uso dos também famosos cleansing oils e tem se tornado uma febre quando o assunto é a limpeza da pele. 

Mas vamos por partes, afinal, com tantos termos diferentes e em inglês, fica quase impossível entender do que estamos falando. Double cleansing pode ser traduzido, literalmente, como “limpeza dupla”. Significa que uma pessoa vai limpar o rosto duas vezes: a primeira, usando um produto a base de óleo (os “cleansing oils”, ou óleos de limpeza, em português), e a segunda com um produto à base de água. 

POR QUE LAVAR A PELE? 

De acordo com a Dra. Laís Leonor, dermatologista da clínica Dr. André Braz, o estilo de vida atual conta com uma urbanização e poluição extremas – e tudo isso interfere na saúde da nossa pele tanto quanto o que comemos e o quanto nos hidratamos

“Para uma pele saudável, as etapas básicas de tratamento, como a limpeza, a hidratação e a fotoproteção devem ser seguidas de acordo com o tipo de pele”, explica ela. “A cosmética é capaz de interagir com a estrutura da pele e promover mudanças fisiológicas, corrigindo desordens cutâneas.”

A pele é o maior órgão do corpo humano e atua como uma barreira protetora que previne a penetração de agentes irritantes e alérgenos do ambiente, além de evitar a perda de água do organismo. 

“A limpeza é o primeiro passo e um dos mais importantes em qualquer rotina de skincare, visando uma lavagem dupla, a chamada ‘double cleansing’, que é altamente recomendada”, continua ela.  

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Hoje, com a evolução da tecnologia e as pesquisas em torno dos cosméticos, existem muitos produtos que podem tornar essa rotina dupla mais prática: são aqueles voltados para remover a maquiagem e as impurezas de uma só vez (pense nas águas micelares, por exemplo) e que atuam nessa primeira camada de “sujeira” que cobre a pele durante o dia. 

Para essa etapa, os cleansing oils têm crescido em popularidade justamente porque são criados com uma formulação que se mistura a esses agentes, normalmente mais oleosos, garantindo que sejam removidos de verdade da pele. Você se lembra das aulas de química? Óleo e água não se misturam, ou seja, usar um produto com água para tirar outros óleos da pele (como as maquiagens) não é 100% efetivo. 

“Segundo passo: são produtos voltados contra a poluição, estresse e fricção”, diz a dermatologista. “Os produtos usados nessa etapa de defesa são desenvolvidos para impulsionar e proteger o sistema imunológico da pele – vem o conceito de preservar a microbiota, sendo capazes de potencializar e estimular as outras etapas da rotina de cuidados a penetrarem nas camadas mais profundas, intensificando e acelerando sua ação.”

A última etapa, de acordo com a médica, é a de regeneração: ou seja, combinar essas limpezas com uma rotina anti-sinais e de tratamento, apostando em produtos que restaurem a elasticidade e a hidratação da pele, como o ácido hialurônico e retinoico.

“Ou seja, aplicação dos hidratantes para o rosto e para os olhos, de preferência já com ação anti-idade”, explica.

DOUBLE CLEANSING VALE A PENA? 

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A tendência asiática é, sim, bastante efetiva porque ajuda na limpeza correta da pele, usando de produtos de base oleosa para limpar agentes semelhantes da superfície e, depois, um sabonete ou gel de limpeza para remover os resíduos mais resistentes. 

Mas são necessários alguns cuidados. “O grande erro é realizar essa prática de forma inadequada. O efeito rebote é o aumento da produção de sebo quando removemos toda oleosidade/gordura da pele. É um mecanismo de defesa em que o organismo produz mais sebo para repor essa gordura perdida. Essa oleosidade excessiva passa a ser bem desagradável e acontece em todos os tipos de pele, seja oleosa, mista ou seca, diz a Dra. Laís.

Para evitar que isso aconteça, é preciso contar com a orientação de um médico dermatologista – só ele saberá exatamente qual o produto mais adequado para o seu tipo de pele e se a prática é, de fato, adequada para você. 

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