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Pernas mais bonitas
Vestir um short ou uma minissaia neste verão não está nos seus planos por causa dos vasinhos e varizes? Tire essa ideia da cabeça, já! Confira cinco técnicas seguras e eficazes que são capazes de acabar com esse problema.
O que são varizes e vasinhos?
Se você morre de vergonha de desfilar por aí a bordo de uma minissaia por causa de vasinhos ou varizes, saiba que não está sozinha: três em cada dez pessoas têm varizes e, adivinhe, a maioria delas é mulher! Além de ser extremamente antiestético, essas veias dilatadas ou saltadas provocam dor, sensação de peso e, pior, podem até causar um problema de circulação. Mas fique calma! Afinal, existem diversas técnicas (elas podem ser feitas sozinhas ou combinadas) que podem dar cabo do problema – uma delas, com certeza, vai resolver o seu.
“O melhor tratamento é aquele que leva em consideração cada caso. Daí a importância de avaliar o histórico da paciente, se ela passa muito tempo em pé, fuma, é sedentária ou não”, conta o cirurgião vascular Ricardo Aun, do Hospital Israelita Albert Einstein e professor da Universidade de São Paulo (USP). Uma recomendação vale para todo mundo, inclusive como prevenção: é preciso controlar o peso e malhar pelo menos três vezes por semana. Os melhores exercícios são aqueles que promovem a contração e o relaxamento da panturrilha, como caminhar, subir escadas e fazer alongamento, pois estimulam a circulação sanguínea.
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Varizes x vasinhos
Varizes são veias superficiais dilatadas nos membros inferiores. A causa ainda não é conhecida, mas acredita-se que tenha a ver com genética. Elas perdem a elasticidade, distendem e ficam mais longas. Isso explica por que elas são tortuosas – afinal, estão mais compridas e precisam caber no mesmo espaço de antes. Há ainda as microvarizes, de tons azulados, que aparecem especialmente na lateral das coxas e dos joelhos e são um pouco menores: o calibre varia de 2 a 4 milímetros. As mais grossas podem chegar até 8 milímetros. Vale lembrar que as varizes também podem ser estreitas. Nesse caso, são popularmente conhecidas como vasinhos – são fáceis de identificar pela cor (avermelhada ou arroxeada), localização (os alvos principais são as coxas e o bumbum) e espessura (até 1 milímetro de diâmetro, como um fio de cabelo).
Tratamentos
Escleroterapia com espuma
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Indicação: vasinhos.
Como é feita: o médico injeta nos vasos uma espuma à base de glicose e polidocanol, substância que facilita a secagem deles. Alguns especialistas ainda utilizam o aparelho de ultrassom para visualizar os canais e não pegar veias mais grossas.
O lado bom: a densidade da espuma faz com que o medicamento se concentre no vaso, trazendo resultado imediato.
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Fique esperta: a ação da espuma torna o tratamento mais agressivo, aumentando o risco de manchar a pele. Por isso, se você é morena ou tem tendência à manchas, converse com o seu médico para saber se deve optar por outra técnica.
Número de sessões: uma.
Escleroterapia com glicose
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Indicação: vasinhos.
Como é feita: depois de passar um creme anestésico sobre a área que será tratada, o cirurgião vascular ou angiologista (a especialidade que trata o problema) usa uma agulha fina para injetar glicose com concentração entre 50% e 75% nos vasinhos. “A substância fica grudada na parede interna da veia e obstrui a passagem do sangue, deixando-a invisível sob a pele”, esclarece o cirurgião vascular Ricardo Aun. Também existe a crioescleroterapia, que utiliza glicose congelada. O efeito geladinho que ela causa diminui o ardor da aplicação.
O lado bom: o método é antigo, seguro e o mais recomendado pelos especialistas. Permite que você malhe ou use salto alto já no dia seguinte. Além do preço mais baixo, muitos convênios médicos cobrem o procedimento.
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Fique esperta: a glicose causa ardor ao ser injetada e as picadas podem deixar hematomas. Nesse caso, é preciso evitar o sol até que as manchas desapareçam, o que pode levar até duas semanas. O procedimento é contraindicado para quem tem diabetes.
Número de sessões: entre cinco e sete, com intervalo de uma semana entre elas.
Escleroterapia a laser
Indicação: vasinhos.
Como é feita: a sessão dispensa anestésico e já começa com os disparos do laser Nd:Yag 1064. “A energia é absorvida pelos pigmentos do sangue, aquecendo e queimando os vasinhos de até 1 milímetro de diâmetro”, diz o cirurgião vascular Alexandre Nicastro, do Hospital Samaritano, em São Paulo.
O lado bom: é uma opção para quem tem medo de agulha – aqui, elas são substituídas por pequenos choques. Na maioria dos casos não surgem manchas após a aplicação. Pode tomar sol.
Fique esperta: quem está bronzeada ou é bem morena não pode fazer sob o risco de manchar a pele.
Número de sessões: entre três e sete, com intervalo de um mês.
Cirurgia com endolaser
Indicação: varizes.
Como é feita: uma cânula guiada por ultrassom é introduzida na veia de grande calibre e, à medida que ela é retirada, dispara-se o laser. Com isso, a variz seca e se fecha, interrompendo o fluxo sanguíneo e diminuindo complicações na operação. O procedimento pode ser feito com anestesia local ou raquidiana.
O lado bom: a recuperação é mais rápida do que na cirurgia tradicional e a dor menor. “Em geral, volta-se ao trabalho dois ou três dias depois. Porém, se as varizes forem volumosas, o repouso pode chegar a 15 dias”, afirma o angiologista Ivanésio Merlo, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular Regional Fluminense (SBACV-RJ). Atividade física? Depois de um mês assim como tomar sol.
Fique esperta: o laser não é indicado para peles morenas ou bronzeadas, devido o risco de manchar, nem para varizes muito grossas. “A energia não consegue fechá-las totalmente e podem reaparecer”, diz Aline Lamaita, angiologista de São Paulo.
Número de sessões: uma.
Cirurgia tradicional
Indicação: varizes.
Como é feita: trata-se da remoção das veias de calibre grosso que estão dilatadas e, por isso, comprometem a circulação sanguínea e a estética. O cirurgião faz um corte de 1 centímetro no tornozelo e de 2 centímetros na virilha por onde é retirada a safena. Nas cirurgias menores, são feitos cortes tão pequenos que dispensam os pontos.
O lado bom: a maioria dos convênios médicos cobre o procedimento, que dispensa pontos (basta um curativo). O resultado é definitivo.
Fique esperta: você vai ter que ficar de dois a três meses sem tomar sol e usar meia elástica. Por isso, deixe a operação para o inverno. Também é preciso fazer repouso absoluto de quatro a 15 dias e ficar longe da ginástica de dez a 30 dias.
Número de sessões: uma.
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