Na segunda-feira, 12 de março, a ex-BBB Deniziane compartilhou o resultado de sua harmonização facial. Em entrevista ao Gshow, ela revelou que o objetivo do procedimento foi realizar uma reestruturação do rosto e melhorar a autoestima. “Foi utilizado apenas ácido hialurônico e toxina botulínica”, contou. A fisioterapeuta ainda afirmou que tem vontade de passar por uma lipoaspiração e de colocar silicone.
Vale lembrar que, antes de entrar na casa mais vigiada do Brasil, Deniziane já havia apostado em outra técnica, a bioplastia, para deixar o bumbum mais “redondinho”.
Confira:
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O que é a harmonização facial?
Segundo a Dra. Cláudia Merlo, especialista em cosmetologia pelo Instituto BWS, quando indicada e realizada adequadamente, a harmonização facial é uma boa opção para os pacientes que desejam um rejuvenescimento ou tratar um desconforto estético.
“Por exemplo, a retração do queixo é um problema que incomoda muitos pacientes, que recorrem até mesmo a cirurgias ortodônticas, e pode ser solucionado com uma harmonização“, destaca.
A harmonização facial é feita a partir da associação de várias técnicas, tanto injetáveis quanto tecnológicas. “As regiões mais alteradas nela são as maçãs do rosto, têmporas, mandíbula, nariz e boca”, explica o Dr. Mário Farinazzo, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
“Uma vantagem é que esse tratamento não exige um tempo de recuperação, ou seja, o indivíduo sai da clínica e já pode retomar as suas atividades normalmente”, completa a Dra. Manu Jorge, dermatologista.
Realizada com substâncias degradáveis e bioabsorvíveis, a harmonização facial não é permanente.
Resultados exagerados
A Dra. Cláudia analisa que um dos grandes motivos dos resultados exagerados vistos por aí é a realização de procedimentos sem um estudo aprofundado do rosto e das estruturas faciais do paciente.
“O bom senso e o gosto artístico são muito individuais e, por isso, não devem ser ferramentas do médico na hora de realizar um tratamento. Para garantir resultados eficazes e, ao mesmo tempo, naturais, essas técnicas devem ser feitas a partir de evidências, de um estudo da anatomia facial, levando em consideração ossos, músculos, gordura e pele”, enfatiza a especialista em cosmetologia.
“A cefalometria é uma ciência, inclusive muito utilizada por pintores, que estuda as dimensões de toda estrutura do crânio e da face de uma pessoa. A harmonização facial, inclusive, parte desse estudo cefalométrico”, acrescenta.
Apesar disso, a Dra. Cláudia alerta que muitos profissionais fazem harmonizações faciais sem um conhecimento prévio, aplicando múltiplas injeções indiscriminadas e, consequentemente, colaborando para resultados exagerados.
“Por mais que o ácido hialurônico, por exemplo, seja biocompatível com o organismo, é importante estabelecer um limite. Se utilizarmos uma grande quantidade de preenchedores, podemos distender demais a pele, que tenderá a apresentar mais flacidez uma vez que o efeito passe, afinal, essas substâncias são temporárias. Cria-se então um ciclo vicioso, em que a cada sessão de manutenção são necessárias quantidades cada vez maiores de preenchedor”, fala.
Além de se basear nos estudos, é fundamental que o profissional esteja aberto para ouvir opiniões tanto do paciente quanto de outros colegas de profissão.
“É preciso deixar a vaidade de lado e estar aberto a críticas para que o nosso bom senso e visão artística não se sobressaiam”, reforça a Dra. Cláudia.
As expectativas do paciente também devem ser alinhadas às reais possibilidades e limitações do procedimento. “Muitas pessoas desejam ter lábios muito grandes ou um maxilar proeminente. É um direito desse paciente. Novamente, o gosto é muito pessoal. Mas cabe ao médico explicar o que realmente é possível e como serão os resultados, sempre com base em estudos”, pontua Merlo.
Por fim, para garantir bons resultados com os tratamentos estéticos, nunca se esqueça de buscar um profissional qualificado e de tirar todas as suas dúvidas com ele.
“No final das contas, é importante que você tenha as suas próprias conclusões em vez de confiar naquilo que é divulgado pela mídia ou pelo médico em suas redes sociais”, finaliza a Dra. Cláudia.