Jak Howell, um britânico do País de Gales, tinha 16 anos quando usou uma cabine de bronzeamento pela primeira vez. Ele logo começou a usar quatro ou cinco vezes por semana, até ser diagnosticado com câncer de pele aos 21 anos.
Considerando que cerca de um em cada cinco pessoas irá desenvolver câncer de pele durante a sua vida e que estudos que comprovam uma ligação entre o bronzeamento e o câncer existem há mais de uma década, seria de pensar que a maioria das pessoas saiba os perigos das cabines de bronzeamento. No entanto, no TikTok, vemos uma tendência de jovens publicando sua rotina de beleza utilizando essas cabines.
A hashtag #SunBed tem cerca de 600 milhões de visualizações. Há pessoas compartilhando dicas para clarear os dentes enquanto estão na cama de bronzeamento, fazendo vídeos sobre não se importar com os riscos, e até influenciadores populares admitindo o uso recente de camas de bronzeamento.
A indústria de bronzeamento artificial chegou ao Brasil no final dos anos 70 e nos anos 80 as camas de bronzeamento estavam na moda. Na década de 2000, embora o visual excessivamente bronzeado fosse popular, houve também um certo despertar para uma maior consciência dos perigos. Por algum tempo, parecia que o bronzeamento artificial havia caído em desuso popular — até o recente boom com a Geração Z.
Eles são a geração que menos utilizou câmaras de bronzeamento. Às vezes, acontece que tendências regressam, então os problema de saúde também e, então, as pessoas param de fazer a associação. Mas é importante ter em mente os riscos, sempre.
RISCOS DA CABINE DE BRONZEAMENTO
Na verdade, os riscos do bronzeamente artificial são os mesmo do natural, porém de uma maneira intensificada.
“Infelizmente, um bronze saudável não existe. A pigmentação constitutiva (cor natural da pele) é definida geneticamente. A cor facultativa (bronzeado) é induzida pela exposição solar e, para ocorrer, ocasiona danos no DNA das células. As consequências serão vistas anos mais tarde, em forma de fotoenvelhecimento, manchas ou lesões cutâneas malignas”, explica a dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
“Já o bronzeamente artificial em cabines é ainda mais prejudicial para a pele do que a exposição ao sol, pois a radiação é entregue de forma concentrada e direta, sem nenhum tipo de filtro ou proteção”.
O QUE FAZER PARA UM “BRONZE” NA PELE
Se para você é imprescindível uma pele mais bronzeada para sentir-se melhor, o indicado é usar auto bronzeadores — produtos que intensificam o tom da pele como uma maquiagem, sem a exposição aos raios UV. Experimente:
Autobronzeador em Mousse, Skelt