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Anitta usa creme facial feito com próprio sangue para cuidar da pele

Médicos advertem que cosméticos desenvolvidos com sangue não possuem embasamento científico adequado

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 16h42 - Publicado em 7 jun 2023, 17h58

Na terça-feira, 6 de junho, a cantora Anitta apareceu nas redes sociais para compartilhar um pouco sobre a sua rotina de cuidados com a pele.

“Joguei no Google ‘coisas que são tendências na internet’ para descobrir o que vocês estão afim de me ver fazendo aqui. E descobri que a moda é ficar fazendo skincare“, iniciou ela, nos Stories do seu perfil no Instagram destinado exclusivamente aos fãs brasileiros (@qgdaanitta).

Em seguida, lavando o rosto, a artista relatou que sua pele é oleosa e tem tendência à acne e que, por esse motivo, sempre prioriza o uso de sabonetes específicos para essas condições. Entretanto, de acordo com ela, o que realmente a ajudou a solucionar as espinhas foi outro produto.

Eu estava cheia de espinhas, aí me levaram em uma médica lá em São Paulo que faz um tônico manipulado, e isso que acabou com as minhas espinhas. Nesse tônico, ela manipula alguns ativos recomendados para quem sofre com esse problema, e é ele que faz a diferença na minha pele, porque foi feito especialmente para mim”, completou.

Após terminar esses dois passos do skincare, Anitta mostrou aos seguidores o inusitado creme feito à base do seu próprio sangue, contando que o adquiriu nos Estados Unidos.

“Agora, eu venho com o creme que tem o meu sangue, que a moça lá de Miami fez para mim. Ela tira o sangue, passa em uma máquina, tira só o plasma e faz um produto com isso. Esse creminho fica na geladeira, porque fora estraga e fica com um cheirinho que não é legal”.

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Veja:

ESPECIALISTAS COMENTAM

Segundo o Dr. Igor Manhães, dermatologista da clínica Les Peaux, as conclusões a respeito dos produtos de skincare com sangue são bastante controversas. “É um assunto que não é muito difundido, justamente por ainda não ter sido profundamente estudado. Então, a apresentação tópica pode não apresentar resultado nenhum”

Devido à falta de fundamentação científica e de consistência de resultados, a Dra. Fernanda Nichelle, médica pós-graduada em dermatologia, afirma que a utilização de sangue – também conhecido como Plasma Rico em Plaquetas – para finalidades estéticas é proibida no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

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“Porém, em países no exterior isso é comum. Eles retiram o sangue do paciente, fazem a separação das plaquetas dos glóbulos vermelhos e, algumas vezes, injetam no rosto do paciente ou no couro cabeludo“, destaca a profissional

Por fim, o Dr. Igor faz um alerta para as pessoas que se interessaram pela técnica. “Minha recomendação é, antes de tudo, aguardar estudos que comprovem a eficácia do uso tópico do PRP, porque se trata de algo que envolve uma formulação de alto custo e um complexo processamento”.

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