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Sintomas e tratamento da alergia a perfumes: saiba mais

Profissional explica como é possível identificar o quadro que pode levar a sintomas de dermatite de contato

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 21 out 2024, 17h31 - Publicado em 5 ago 2024, 16h00

A alergia a perfume é uma condição que se manifesta em diversas pessoas, através de sintomas como espirros, coriza, coceira e vermelhidão na pele. O que nem todo mundo sabe, no entanto, é que essas reações não acontecem necessariamente por conta da fórmula do produto, mas também por um grupo de componentes chamado “perfume mix”.

“Trata-se de um pool de substâncias. Geralmente, consideram-se 27 substâncias potencialmente alergênicas”, explica Sarah Lazaretti, enfermeira e cofundadora da rede de cosméticos hipoalergênicos Alergoshop, ressaltando que os sintomas da alergia ocorrem diante do contato desses compostos nocivos com a pele.

Para ela, a falta de conhecimento sobre esse pool faz com que a maior parte do público não saiba lidar com a condição. Por esse motivo, a indicação é, em todos os casos de aquisição de perfumes, ler o rótulo para checar a existência de alguma das substâncias que devem ser evitadas. Além disso, também é importante fazer um teste alergênico após a identificação de algum sintoma. “Dessa forma, é possível traçar a melhor forma de manter-se cheiroso e com qualidade de vida”, aponta a profissional.

Como saber se tenho alergia a perfume?

Sarah ressalta que essas 27 substâncias com alto potencial alergênico podem estar presentes não apenas em perfumes, mas também em produtos como cremes, óleos essenciais, body splashes, desodorantes e outros cosméticos de uso corporal. Diante da gama de possibilidades, estar atento às possíveis manifestações de dermatite de contato é uma estratégia útil para uma boa condução do tratamento.

“Existem dois tipos: a irritativa, que é mais comum e responsável por quase 80% dos casos, e a alérgica. A primeira é provocada por substâncias ácidas ou alcalinas, e leva a lesões no local de contato. Já a segunda, se desenvolve após a exposição repetida a um produto ou substância. Nesse caso, ela não necessariamente aparece na área diretamente exposta”, esclarece a especialista.

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Para identificar ambas as condições, é essencial que a pessoa observe vários sinais e padrões. Primeiramente, deve-se prestar atenção ao surgimento de vermelhidão, coceira ou erupções na pele após o uso de um novo perfume ou produto corporal. Essas reações geralmente aparecem em áreas de contato direto com o produto, como pescoço e pulsos. “Se os sintomas ocorrerem em locais não diretamente expostos, como atrás das orelhas ou ao redor, pode ser um indício de dermatite alérgica”, orienta Sarah.

Outro ponto importante, segundo ela, é o intervalo de tempo entre o uso do perfume e o aparecimento dos sintomas. A dermatite irritativa geralmente se manifesta rapidamente após o contato com a substância, enquanto a alérgica pode levar dias ou até semanas para se manifestar após exposição contínua. Manter um registro dos produtos utilizados e das respectivas reações pode ajudar a identificar padrões e possíveis alérgenos.

“Caso haja suspeita de que um perfume é o causador da reação, é aconselhável interromper seu uso e procurar um dermatologista para um diagnóstico preciso e realização de testes de alergia, se necessário”, ressalta.

Benefícios das fragrâncias hipoalergênicas

As fragrâncias hipoalergênicas podem ser uma solução eficaz para pessoas com pele sensível ou propensa a reações alérgicas, uma vez que são formuladas para minimizar a probabilidade de causar irritações ou reações adversas.

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De acordo com Sarah, elas são desenvolvidas com uma seleção restrita de ingredientes e evitam substâncias conhecidas por serem alérgenos comuns, como corantes e conservantes agressivos. Além disso, são testadas dermatologicamente para garantir que sejam menos propensas a causar reações alérgicas, proporcionando maior segurança.

O conceito de “hipoalergênico”, segundo ela, refere-se a produtos que são menos propensos a causar reações alérgicas devido à sua formulação cuidadosa. Em fragrâncias, isso significa que elas contêm um número reduzido de ingredientes potencialmente irritantes e são elaboradas com componentes que têm menor probabilidade de desencadear uma resposta alérgica”.

“A escolha de fragrâncias hipoalergênicas é vantajosa para pessoas com histórico de dermatite de contato ou outras condições alérgicas, pois elas ajudam a reduzir a exposição a alérgenos e substâncias irritantes”, pontua a especialista.

Ao selecionar o produto ideal, é importante considerar alguns fatores, como a verificação da lista de ingredientes mencionada previamente. Optar por fragrâncias que possuem certificações de teste dermatológico e que são recomendadas por profissionais de saúde também pode ser benéfico. Vale ressaltar que é aconselhável realizar um teste de contato em uma pequena área da pele antes do uso completo para assegurar que não haverá reações adversas.

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