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Preenchimento com ácido hialurônico X Botox: quais são as diferenças?

Dermatologista esclarece as principais características e informações sobre cada procedimento

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 16h31 - Publicado em 29 nov 2022, 10h33
Mulher fazendo botox na testa
 (Gustavo Fring/Pexels)
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A cada ano, novos procedimentos dermatológicos surgem com o objetivo de beneficiar mulheres e homens que querem cuidar da pele e do corpo com a intenção de manter a saúde e melhorar a qualidade de vida.

O mercado brasileiro de estética mostrava um potencial de crescimento mesmo antes da pandemia da Covid-19, sendo que, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria e Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), representava 567% de ascensão entre 2014 e 2019.

Além de ser influenciada pela idade, a saúde da pele também está diretamente ligada a outros fatores, como a exposição solar, a poluição, os hábitos alimentares e as características de cada pele.

“Ainda que existam procedimentos estéticos indicados para cada faixa etária e propósito, a autoestima e o bem-estar não tem idade. O importante é contar com o acompanhamento de um profissional especializado e de confiança, visto que os tratamentos estéticos estão ligados diretamente à saúde”, afirma Fayruss Costa, dermatologista e sócia-fundadora da PELE face, clínica dermatológica de conceito inovador, juntamente à João Appolinário presidente e fundador da Polishop, e Fernando Costa, do Grupo PELE.

O Botox e o preenchimento com ácido hialurônico são exemplos dos vários procedimentos dermatológicos que vêm conquistando pessoas de diferentes idades, pois são eficazes na prevenção dos sinais de envelhecimento, no tratamento de rugas e linhas de expressão e no preenchimento das olheiras e dos lábios.

É fundamental alertar que ambos possuem propósitos diferentes. A toxina botulínica, princípio ativo do Botox, é derivada de uma bactéria que tem ação direta na musculatura. A aplicação é indicada para diminuir a contração exagerada da musculatura da face, podendo ser aplicada na testa, região periocular, os terríveis ‘pés de galinha’ e na glabela, região entre as sobrancelhas”, destaca Fayruss.

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O ácido hialurônico é considerado um ativo biocompatível em razão do fato de ser um componente natural produzido pelo organismo. A dermatologista destaca que essa característica faz com que o componente se adapte bem à pele.

“Ainda que ele seja fornecido naturalmente pelo corpo, a produção e a concentração do ácido hialurônico diminuem com a idade, por isso, a manutenção regular se faz necessária”, diz Fayruss.

A sócia da PELE também explica que a ação do botox e do preenchimento com ácido hialurônico são complementares no tratamento de rejuvenescimento.

Para esclarecer as principais dúvidas a respeito dos dois procedimentos, a Dra. Fayruss Costa lista informações e orientações das intervenções dermatológicas.

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Benefícios

Mulher se olhando em espelho redondo
(Anna Shvets/Pexels)

O ácido hialurônico atua no tratamento de linhas de expressões e depressões que surgem por causa do processo de envelhecimento. Porém, esse ativo também promove a hidratação da pele e auxilia na sustentação e no contorno facial.

“O papel deste ácido é importante, pela capacidade de reter água e manter hidratada as diferentes camadas da cútis. Além disso, auxilia na reparação e crescimento das células da pele”, conta a médica.

Além de poder aplicá-lo de forma preventiva ou reparativa, o botox conta com benefícios relacionados com a suavização e a prevenção das rugas. “Ele também exerce papel não estético, sendo bastante utilizado no tratamento para o controle de sudorese excessiva”, acrescenta.

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Métodos de aplicação

A aplicação do ácido hialurônico pode acontecer a partir do uso de pequenas agulhas ou cânulas, uma espécie de tubo que se assemelha à agulha, mas não perfura a pele. Já no caso do botox, também há o uso de agulhas finas que concentram pequenas quantidades de toxina nas áreas da face.

“O método de aplicação de ambos os procedimentos é, praticamente, indolor e, normalmente, são utilizados anestésicos locais, para que o processo seja mais confortável para os pacientes”, pontua Costa.

Tempo de manutenção

Segundo a dermatologista, o tempo de durabilidade da toxina botulínica varia de acordo com o tipo de pele e a região da aplicação. Porém, em média, dura de três a cinco meses.

“Costumo dizer aos meus pacientes que é necessário realizar o procedimento de duas a três vezes no ano, em média, para entender a resposta que cada organismo. Mas, normalmente, quando as rugas começam a reaparecer é o momento certo para reaplicar”, indica.

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O ácido hialurônico possui uma durabilidade mais longa, podendo atingir um ano. No entanto, a médica enfatiza que a durabilidade desse ativo também depende da região aplicada. “Por exemplo, o lábio é uma região de muita mobilidade, podendo durar menos tempo quando comparado às olheiras, que podem prolongar o resultado por cerca de um ano e dois meses”, diz.

Contraindicações e riscos

Mulher grávida com as mãos na barriga
(Leah Kelley/Pexels)

Para fazer o botox ou o preenchimento com ácido hialurônico, é fundamental passar por uma avaliação antes, durante e após a realização das intervenções dermatológicas. A escolha do profissional também é relevante, pois ele deve ser habilitado com formação na parte estética, como médicos dermatologistas, cirurgiões plásticos e esteticistas.

Fayruss alerta que há contraindicações do ácido hialurônico e do botox para gestantes e pacientes que fazem tratamento de doenças graves ou que tenham lesões na pele onde o procedimento seria realizado.

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“Os dois procedimentos podem ser aplicados em qualquer tipo de pele ou fototipo, ou seja, qualquer tonalidade de pele e em todas as idades. Porém, é fundamental enfatizar que, quando se tratarem de regiões sensíveis, como a pele do rosto, o profissional deve se atentar aos cuidados na aplicação e ao longo do tratamento”, conclui.

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