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Consumo frequente de frutas pode diminuir risco de depressão, diz estudo

A saúde mental, a memória e o humor podem ser beneficiados pelo consumo frequente de frutas

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 16h33 - Publicado em 11 out 2022, 14h20
Frutas
 (Divulgação/Divulgação)
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No geral, as frutas são ricas em um tipo de açúcar chamado frutose. De acordo com a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), é preciso incluir o consumo de frutas em uma rotina de alimentação adequada.

“Geralmente, frutas inteiras são boas fontes de fibra e devem ser inseridas diariamente em um plano alimentar equilibrado, variado e o mais natural possível”, afirma a médica.

Um estudo publicado no British Journal of Nutrition pontuou que quanto mais frequente for o consumo de frutas, menor é o risco de depressão. O estudo contou com a participação de 428 adultos e fez uma análise a respeito da relação entre o consumo de frutas, legumes, lanches doces e salgados e a saúde mental.

“Quanto mais frequentemente as pessoas comiam frutas, menor a pontuação para depressão e maior para o bem-estar mental. As pessoas que comem frutas com frequência são mais propensas a relatar maior bem-estar mental positivo e são menos propensas a relatar sintomas de depressão do que aquelas que não comem”, destaca a Dra. Marcella.

As descobertas dos pesquisadores sugerem que a frequência com que ocorre o consumo de frutas é mais relevante para a saúde mental do que a quantidade total consumida durante uma semana típica. Além disso, os pesquisadores também notaram que os indivíduos que comem lanches salgados, por exemplo batatas fritas, que não são ricos em nutrientes, tendem a relatar maiores níveis de ansiedade.

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A pesquisa levou em consideração fatores demográficos e de estilo de vida, como idade, saúde geral e atividade física. A conclusão do estudo enfatiza que tanto frutas ricas em nutrientes quanto lanches salgados pobres em nutrientes podem estar relacionados à saúde psicológica. Em relação ao consumo de vegetais, eles descobriram que esses alimentos não possuem associação direta com a saúde mental.

No caso de pessoas que costumam ingerir alimentos salgados pobres em nutrientes, notou-se que elas são mais propensas a ter “lapsos mentais diários” (falhas cognitivas subjetivas) e possuir menos bem-estar mental.

“Um maior número de lapsos foi associado a maiores sintomas relatados de ansiedade, estresse e depressão e menores escores de bem-estar mental”, conta a Dra. Marcella.

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“Os nutrientes encontrados em alimentos saudáveis trabalham para fazer com que o cérebro produza serotonina, popularmente conhecido como hormônio do bem-estar. O triptofano, aminoácido essencial para a síntese de serotonina, principal neurotransmissor relacionado ao humor e bem-estar, está presente em muitos alimentos, tanto de origem vegetal como animal, entre eles as frutas banana e abacate”, acrescenta a especialista.

Entretanto, não foi constatada uma relação entre esses lapsos de memória diários e o consumo de frutas e vegetais, o que indica uma ligação única entre os lanches salgados, lapsos mentais diários e saúde psicológica.

Entre os exemplos dos lapsos mentais diários estão: esquecer onde foram deixados alguns objetos, esquecer o motivo de ter entrado em certos locais e não conseguir lembrar de nomes que estão na “ponta da língua”.

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Outros estudos sugeriram uma ligação entre a ingestão de frutas e legumes e a saúde psicológica, porém poucos analisaram as frutas e os legumes de forma separada e a frequência e a quantidade de consumo.

“Tanto as frutas quanto os vegetais são ricos em antioxidantes, fibras e micronutrientes essenciais que promovem a função cerebral ideal, mas uma parte desses nutrientes pode ser perdida durante o cozimento. Essa é uma vantagem das frutas”, diz a Dra. Marcella Garcez.

“É possível que mudar o que comemos seja uma maneira realmente simples e fácil de melhorar nosso bem-estar mental. No geral, definitivamente vale a pena tentar adquirir o hábito diário de escolher e consumir algo da fruteira”, conclui.

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